Nestas últimas semanas de frio intenso, tenho estado à espera que uma constipação mais forte ou uma gripe realmente a sério desabem sem piedade sobre mim, de tal forma que os médicos venham a concluir que, depois de tantas febres e incómodos, apenas me reste uma única saída – a reforma.
Não que eu a deseje. De todo. Só que, estando numa situação de reforma, tenho esperança de alcançar qualquer benesse (por pequena que seja) que outros já conseguiram. E sem grande esforço, diga-se.
Para não massacrar a minha memória já gasta, não vou lembrar os muitos que conseguiram reformar-se com pensões obscenas por completamente exageradas, os que tiveram direito a pensões chorudas com meia dúzia de anos de serviço nem os muitos que se reformaram de uns sítios para ir trabalhar noutros, ganhando de um lado e do outro.
Por agora, basta-me a leitura dos jornais das últimas semanas para conhecer os casos de dois ex-administradores da Caixa Geral de Depósitos, António Vila Cova e Gracinda Raposo de seus nomes, que foram reformados da CGD por invalidez e, que, de seguida, entraram pela porta grande de grupos financeiros e industriais.
Vila Cova era administrador executivo da Caixa e foi assumir o cargo de administrador executivo do Banco Português de Negócios, entretanto nacionalizado (vamos ver se, entretanto, não virá a ter direito a mais uma pensão de reforma) e é agora administrador executivo da Sociedade Lusa de Negócios que controlava anteriormente o BPN.
Gracinda deixou a CGD para ser assessora da Administração do Banco Santander Totta (um concorrente da Caixa), administradora da empresa de capital de risco ECS e, ainda, administradora do grupo construtor A. Santo.
Ora, para quem se reformou por invalidez - recordo que invalidez é a qualidade ou estado de inválido, e que inválido significa que não é válido, que é doente, enfermo, incapaz, que não tem validade ou que é nulo (enquanto adjectivo) e pessoa impossibilitada de trabalhar (se for substantivo) – temos que reconhecer que se registaram verdadeiros milagres. Logo dois.
É exactamente de um milagre desses que eu também estou à espera. Tenho esperança que o fungar e as dores de cabeça trazidas pela constipação não me abandonem até que a junta médica me considere sem qualquer préstimo, bom, portanto, para avocar uma presidência de uma grande empresa com, naturalmente, o vencimento correspondente.
“Ah! Ah! Ah! Tchim!”. Desculpem!
Não, não me desejem “saúde!”, digam, simplesmente, “santinho!”
Não que eu a deseje. De todo. Só que, estando numa situação de reforma, tenho esperança de alcançar qualquer benesse (por pequena que seja) que outros já conseguiram. E sem grande esforço, diga-se.
Para não massacrar a minha memória já gasta, não vou lembrar os muitos que conseguiram reformar-se com pensões obscenas por completamente exageradas, os que tiveram direito a pensões chorudas com meia dúzia de anos de serviço nem os muitos que se reformaram de uns sítios para ir trabalhar noutros, ganhando de um lado e do outro.
Por agora, basta-me a leitura dos jornais das últimas semanas para conhecer os casos de dois ex-administradores da Caixa Geral de Depósitos, António Vila Cova e Gracinda Raposo de seus nomes, que foram reformados da CGD por invalidez e, que, de seguida, entraram pela porta grande de grupos financeiros e industriais.
Vila Cova era administrador executivo da Caixa e foi assumir o cargo de administrador executivo do Banco Português de Negócios, entretanto nacionalizado (vamos ver se, entretanto, não virá a ter direito a mais uma pensão de reforma) e é agora administrador executivo da Sociedade Lusa de Negócios que controlava anteriormente o BPN.
Gracinda deixou a CGD para ser assessora da Administração do Banco Santander Totta (um concorrente da Caixa), administradora da empresa de capital de risco ECS e, ainda, administradora do grupo construtor A. Santo.
Ora, para quem se reformou por invalidez - recordo que invalidez é a qualidade ou estado de inválido, e que inválido significa que não é válido, que é doente, enfermo, incapaz, que não tem validade ou que é nulo (enquanto adjectivo) e pessoa impossibilitada de trabalhar (se for substantivo) – temos que reconhecer que se registaram verdadeiros milagres. Logo dois.
É exactamente de um milagre desses que eu também estou à espera. Tenho esperança que o fungar e as dores de cabeça trazidas pela constipação não me abandonem até que a junta médica me considere sem qualquer préstimo, bom, portanto, para avocar uma presidência de uma grande empresa com, naturalmente, o vencimento correspondente.
“Ah! Ah! Ah! Tchim!”. Desculpem!
Não, não me desejem “saúde!”, digam, simplesmente, “santinho!”
2 comentários:
Pois, afinal os Portugueses não são só criativos na contabilidade que executam nas empresas, mais também o são na criação e adopção de regras que são contrárias às praticadas por outros Países. Aquilo que realmente me “irrita” é meia dúzia de Senhores que insistem em atirar areia para os olhos de quem efectivamente trabalha e contribui para que essa meia dúzia possa viver à grande e à Francesa. Como é possível uma coisa destas acontecer? Será que não é assim tão claro para aqueles que têm a incumbência de governar este País, ou melhor, esta República das Bananas? Pois é, esta situação é gritante e só nos faz pensar que existem interesses que desconhecemos (ou não) e que se continua a gozar em pleno com o povo…Enfim, vivemos numa autêntica quinta dimensão, onde tudo já é permitido, mas apenas para ALGUNS…
Abraço
Santinho!
Desejo que piores
Para o ano pode ser que me calhe a mim apanhar uma gripe forte.
Afinal, também sou filho de Deus.
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