Movido pelos remorsos que não paravam de me inquietar e, porque não dizê-lo, pela incompetência da Polícia Judiciária que, até ao momento, não arranjou um único culpado credível, resolvi dar a cara para vos dizer que FUI EU que estive por detrás do afastamento da Manuela Moura Guedes.
Ao confessar a minha culpa quero pedir-vos desculpa pelo tempo que gastaram a fazer conjecturas sobre quem poderia estar por detrás da tramóia, supostamente o Primeiro-Ministro, o Governo ou, eventualmente, alguém do Partido Socialista. Tanto mais que em vésperas de eleições, dava um jeito do caneco que o PS e o seu líder fossem os maus da fita.
A verdade, porém, é que o fim do Jornal Nacional da TVI e (presumo) da Manuela Moura Guedes, teve o meu dedinho. Errou redondamente quem mostrou tanta convicção de que os culpados eram José Sócrates, o Governo, o PS, Zapatero e o PSOE, a Prisa e o diabo a sete. Lamento ter desiludido o Dr. Pacheco Pereira e o Dr. Paulo Portas, os analistas e politólogos encartados e os responsáveis de partidos políticos que afirmaram categoricamente que este “saneamento” tinha sido uma jogada do Partido Socialista para calar uma boca desbocada, perdão, a voz incómoda de Manuela Moura Guedes.
Mas meus amigos, alguém terá dado crédito a tamanha possibilidade? Certamente que ninguém em seu perfeito juízo poderia acreditar em tão grande burrice do PS ou dos seus acólitos (por certo que haverá por lá uns tantos que deixam muito a desejar mas daí a serem todos tolinhos vai uma grande distância). Mesmo assim, a pulga terá ficado atrás de muita orelha. Por isso e para que se acabe de vez com as especulações, aqui estou a confessar que o verdadeiro culpado fui eu!
Arrependido? Nem por isso. Aquele jornal da Manuela mexia-me com os nervos. Não gostava do conteúdo, do estilo, do sensacionalismo e da demagogia de tudo aquilo. Acho que foi um belo serviço público que prestei ao país. E quanto à alegada “asfixia democrática”, tretas meus amigos, já vimos esse filme quando o Santana Lopes mandou afastar o Professor Marcelo e a democracia e a liberdade de imprensa não sofreram beliscaduras.
A campanha eleitoral em curso poderá servir-se desse (mau) argumento, mas o que os cidadãos querem realmente saber é o que é que os candidatos dos diversos partidos se propõem fazer por nós e pelo país. Mesmo tendo em conta todas as “asfixias” e o desconto que lhes devemos dar …
1 comentário:
Ah, Malandro, e eu que andei horas e horas a ouvir debates chatos para ver se descobria quem é que tinha posto uns patins à Manela do Moniz.
Assim já só tenho dúvidas relativamente a dois candidatos. Ou vou votar no Luís Filipe Vieira ou no Rui Costa.
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