Há poucos dias tive a oportunidade de ver uns minutos de um dos programas da manhã que passam na televisão e assisti a uma entrevista com o ex-secretário-geral da CGTP-Intersindical, Manuel Carvalho da Silva. Foi um excelente momento em que se percebeu que, para além de sindicalista empenhado, Carvalho da Silva é um homem culto.
Quando lhe perguntaram o que é que ele pensava da greve dos transportes (que estava a decorrer naquele dia) em que os trabalhadores grevistas impediam outros trabalhadores dos demais sectores de actividade de se deslocarem para os seus locais de trabalho, Carvalho da Silva respondeu que as lutas dos trabalhadores geram sempre problemas aos outros e, muitas vezes, aos próprios. E, a propósito, recordou o livro Germinal do consagrado escritor francês Émile Zola.
Germinal é tida como a principal obra de Zola e foi publicada em 1881. Baseia-se em factos reais e para escrever o livro o autor trabalhou como mineiro numa mina de carvão, onde ocorreu uma greve sangrenta que durou dois meses. Germinal é, aliás, o primeiro romance a pôr em foco a luta de classes no momento de sua eclosão e descreve as condições de vida sub-humana dos trabalhadores, numa época em que apenas havia salários de subsistência.
Quando a obra foi adaptada ao cinema, o realizador quis mostrar as angústias e os sofrimentos que muitas vezes geram sentimentos contraditórios. Neste caso, um trabalhador queria fazer greve ao lado dos seus camaradas (porque achava justas as suas reivindicações) mas, por outro lado, sabia que se não levasse para casa o dinheiro da jorna, um dos seus dois filhos morreria de fome nessa mesma noite. O filme espelha as dúvidas e o desespero que atormentavam esse homem e, embora a película não indique claramente qual foi a sua decisão, vê-se uma imagem final que o mostra de braço dado com os outros mineiros festejando a vitória da sua luta. Adivinha-se, pois, qual tenha sido a sua escolha.
Como bem disse Carvalho da Silva, as lutas dos trabalhadores geram sempre problemas aos outros e, muitas vezes, aos próprios.
Quando lhe perguntaram o que é que ele pensava da greve dos transportes (que estava a decorrer naquele dia) em que os trabalhadores grevistas impediam outros trabalhadores dos demais sectores de actividade de se deslocarem para os seus locais de trabalho, Carvalho da Silva respondeu que as lutas dos trabalhadores geram sempre problemas aos outros e, muitas vezes, aos próprios. E, a propósito, recordou o livro Germinal do consagrado escritor francês Émile Zola.
Germinal é tida como a principal obra de Zola e foi publicada em 1881. Baseia-se em factos reais e para escrever o livro o autor trabalhou como mineiro numa mina de carvão, onde ocorreu uma greve sangrenta que durou dois meses. Germinal é, aliás, o primeiro romance a pôr em foco a luta de classes no momento de sua eclosão e descreve as condições de vida sub-humana dos trabalhadores, numa época em que apenas havia salários de subsistência.
Quando a obra foi adaptada ao cinema, o realizador quis mostrar as angústias e os sofrimentos que muitas vezes geram sentimentos contraditórios. Neste caso, um trabalhador queria fazer greve ao lado dos seus camaradas (porque achava justas as suas reivindicações) mas, por outro lado, sabia que se não levasse para casa o dinheiro da jorna, um dos seus dois filhos morreria de fome nessa mesma noite. O filme espelha as dúvidas e o desespero que atormentavam esse homem e, embora a película não indique claramente qual foi a sua decisão, vê-se uma imagem final que o mostra de braço dado com os outros mineiros festejando a vitória da sua luta. Adivinha-se, pois, qual tenha sido a sua escolha.
Como bem disse Carvalho da Silva, as lutas dos trabalhadores geram sempre problemas aos outros e, muitas vezes, aos próprios.
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