
Houve, portanto, repito, um pagamento em duplicado e, espantosamente, uma tripla explicação para o caso: o Secretário de Estado dos Transportes disse que de facto tinha havido duplo pagamento, o Primeiro Ministro disse que não tinha havido e, finalmente, a Lusoponte disse que tinha havido mas que não devolve o dinheiro. Espantoso!
Porém, o que me pareceu perfeitamente extraordinário foi a absoluta impreparação de Passos Coelho que deveria ter antecipado que o assunto iria ser colocado no Parlamento (aliás, dois dias antes, já muita gente falava na “marosca”) e como baqueou de forma humilhante perante os argumentos bem sustentados de Francisco Louçã.
Em resumo: Em 2011, os automobilistas perderam o benefício de anos anteriores e tiveram que pagar portagens na Ponte 25 de Abril. Logo, a Lusoponte não teria que ser ressarcida como compensação da falta de receitas. Mas, vá lá saber-se porquê, o pagamento foi realizado e a empresa aceitou-o sem hesitar. Aqui para nós que ninguém nos lê, não sei bem como chamar ao comportamento de uma empresa que recebe uma importância indevida e não procede à regularização logo de seguida. E também não sei se irá haver alguma consequência política deste caso. Temo que não.
Mas o que verdadeiramente me preocupa, isso sim, é que os 4,4 milhões de euros que pertencem ao erário público ainda não foram devolvidos ao Estado.
1 comentário:
Podes ficar descansado.
Acabei de ler num jornal online que a Lusoponte aceita devolver ao Estado a verba que reteve em Agosto, bem como o pagamento dos juros exigidos pelo Governo.
Estás a ver, eles “aceitam” devolver a massa. Boa rapaziada aquela!
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