Quando há dias ouvi, numa audiência da Comissão Parlamentar do Orçamento, o Ministro das Finanças afirmar – daquela forma pausada que lhe conhecemos - que “a opolítica de verdade é para mim uma convicção absoluta" e, logo a seguir, enfatizar, como que soletrando:
“Eu não minto, eu não engano e eu não ludibrio”.
juro que me lembrei da famosa frase proferida pelo então candidato à presidência dos Estados Unidos (e depois eleito Presidente) George Bush pai, que queria acentuar devidamente a promessa eleitoral de não aumentar os impostos se fosse eleito:
“leiam os meus lábios: nenhum novo imposto"
Claro que Bush, uma vez na presidência, aumentou mesmo os impostos. Mas isso é o que geralmente acontece: as promessas eleitorais são uma coisa, o depois das eleições é outra.
Quanto a Vítor Gaspar, não tenho (ainda) motivos para duvidar da sua honradez. Acredito mesmo que não minta, não engane nem ludibrie. Mas que achei curiosa a maneira como se expressou, lá isso achei. Parecia querer dizer “Ouçam o que vos digo, leiam o que os meus lábios afirmam”.
Isto de ter memória é no que dá …
juro que me lembrei da famosa frase proferida pelo então candidato à presidência dos Estados Unidos (e depois eleito Presidente) George Bush pai, que queria acentuar devidamente a promessa eleitoral de não aumentar os impostos se fosse eleito:
“leiam os meus lábios: nenhum novo imposto"
Claro que Bush, uma vez na presidência, aumentou mesmo os impostos. Mas isso é o que geralmente acontece: as promessas eleitorais são uma coisa, o depois das eleições é outra.
Quanto a Vítor Gaspar, não tenho (ainda) motivos para duvidar da sua honradez. Acredito mesmo que não minta, não engane nem ludibrie. Mas que achei curiosa a maneira como se expressou, lá isso achei. Parecia querer dizer “Ouçam o que vos digo, leiam o que os meus lábios afirmam”.
Isto de ter memória é no que dá …
1 comentário:
Recordando Max Weber, a política deverá ser exercida com “paixão”, e ao serviço da sociedade. Ao longo da nossa história, e creio não ser só em Portugal, a política é encarada como um “tacho”, onde o que conta é o bem-estar particular e não o bem-estar colectivo. Talvez por esse motivo Friedrich Nietzsche tenha referido que “Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos. De facto, a nossa classe política não faz outra coisa que seja “utilizar”, “enganar”, “cegar” e até “gozar” com o povo, em proveito próprio. A política ainda continua a ser encarada como um “grande tacho”, onde o candidato poderá tirar muitos benefícios e regalias ao exercer esse cargo. Mais grave ainda, é não existir qualquer tipo de penalização para a má “performance” atribuída ao desempenho de alguns “cromos”, tão sobejamente conhecidos como o nosso “Alberto João Jardim”. É engraçado quando ao mudar os canais da “ZON” me deparo com o canal “AR”, pois fico sempre com aquela sensação de que estou a ver a contra-informação, pois os disparates são tantos, que aquilo que os meus olhos vêm só pode ser visto em qualquer filme de animação e numa dimensão diferente da nossa realidade. Política e Políticos, é algo que me dá a volta à barriga e que me envergonha…
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