Desta vez não foi um mail que me mostrou uma avioneta a aterrar numa auto-estrada. Não, ontem, eu (quase) vi uma avioneta, um ultra-leve, o que queiram chamar-lhe, aterrar na estrada nacional 247, entre Cascais e o Guincho.
O dia estava esplêndido. O céu limpo, o sol quente e o mar maravilhosamente azul. O programa estava completo ou quase. E esse quase foi a chegada de um pequeno avião que lá no alto do firmamento inventava piruetas, loopings, voltas e reviravoltas. A elegância e o arrojo das suas manobras fez-me segui-lo durante uns minutos.
Até que o piloto decidiu acabar com o espectáculo e descer até alturas mais terrenas. E tanto desceu que acabou por desaparecer para além da curva da estrada, e já tão próximo dela, que o desfecho era mais que previsível.
Minutos depois, uns metros à frente da tal curva, deparei com o aparelho já sem a asa direita e três automóveis danificados com o impacto provocado pela aeronave.
Cheguei antes dos bombeiros e da polícia, mas foi desta última que vim a saber que aquela aterragem de emergência fora motivada por uma falha de motor do “Extra 300”, um pequeno avião de acrobacias, que o piloto, um homem de 36 anos, tinha saído ileso e que as pessoas dos carros abalroados estavam todas bem longe dos mesmos na altura do acidente.
Duas notas finais: a primeira para dizer que durante o “festival aéreo” creio ter notado duas paragens de motor (embora de pouquíssima duração), a que, por falta de conhecimentos na matéria, não atribuí grande importância. A segunda nota para transmitir a emoção sentida por toda a gente que esteve presente no local do desastre e a felicidade por não ter havido vítimas, naquilo que poderia ter sido uma verdadeira tragédia.
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