Os ministros das Finanças da zona euro aprovaram recentemente um plano de 30 mil milhões de euros para ajudar a Grécia, em que Portugal poderá vir a contribuir com cerca de 770 milhões.
Como sou jeitoso para fazer contas deitei a mão à calculadora e cheguei à conclusão que cada um de nós irá pagar qualquer coisa como 75 euros. Paciência, são dois jantares a menos que faço fora. Não é assim tão grave e é por uma boa causa.
Mas nem todos são tão generosos como eu. Já apareceu numa das redes sociais um grupo que sugere que a Grécia venda a Taça que conquistou no Europeu de Futebol em 2004 para amortizar uma dívida monumental (ainda maior do que a nossa) e aliviar-se um pouco de uma crise de dimensões épicas.
Por mim está decidido. Entro na ajuda e já estou a pôr de lado uns trocos para quando for necessário. Contem comigo. Não posso, no entanto, deixar de lembrar que aquela taça europeia foi ganha pela Grécia em Lisboa e que, na final, teve como adversária precisamente a equipa portuguesa. Estragaram-nos a festa sem qualquer consideração e há quem pense que, agora, deveríamos devolver o gesto.
Só gostaria que os dois melhores do futebol europeu de 2004 não fossem, neste momento, os dois piores da Europa em termos económicos, com todas as consequências e dificuldades daí decorrentes a caírem sobre os ombros dos cidadãos.
É que, com bola ou sem bola, vai-se passando. Agora, com um sem-número de restrições que, certamente, nos vão ser impostas, a coisa vai doer à séria.
1 comentário:
É caso para se dizer que, nem com as bolas no sítio nos safamos!
Claro que haverá sempre muita bola para entreter a malta... enquanto os bancos internacionais nos vão roubando.
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