Mais um delicioso poema de Alexandre O’Neill
Que vergonha, rapazes!
Que vergonha, rapazes! Nós práqui
Caídos na cerveja ou no uísque,
A enrolar a conversa no “diz que”
E a desnalgar a fêmea (Vist’? Viii!)
Que miséria, meus filhos! Tão sem jeito
É esta videirunha à portuguesa,
Que às vezes me soergo no meu leito
E vejo entrar a quarta invasão francesa.
Desejo recalcado, com certeza …
Mas logo desço à rua, encontro o Roque
(“O Roque abre-lhe a porta, nunca toque!”)
E desabafo: Ó Roque, com franqueza:
Você nunca quis ver outros países?
- Bem queria, sr. O’Neill! E … as varizes?
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