“A Casa Verde”, “Lituma nos Andes”, “A Cidade e os Cachorros”, “Pantaleão e as Visitadoras”, “A Festa do Bode” e “Travessuras da Menina Má” são algumas das suas obras mais conhecidas.
Recebeu galardões muito importantes como o Prémio Cervantes em 1994 e o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras, em Espanha, em 1986 e é membro da Real Academia Española desde 1994.
Ao anunciar a distinção, o secretário permanente do Nobel, Peter Englung, destacou que o prémio foi atribuído não só pela qualidade dos seus últimos livros mas também pelo conjunto da sua obra e toda a trajectória literária. Qualificou ainda o escritor como “um contador de histórias divinamente talentoso, cujos livros conseguem tocar os leitores”.
De Mário Vargas Llosa um inédito escrito em Nova Iorque em Novembro de 2001:
POEMA PARA A EXORCISTA
A minha vida aparece sem condão e
monótona
aos que me vêem
no trabalho árduo da oficina
em manhãs apuradas.
A verdade é muito distinta.
Cada noite eu saio e discuto
contra um espírito malévolo
que, se valendo de
máscaras - cão, grilo,
nuvem, chuva, vagabundo,
ladrão - trata de
se infiltrar na cidade
para estragar a vida humana
semeando
a discórdia.
Apesar dos seus disfarces
sempre a descubro
e a espanto.
Nunca conseguiu enganar-me
nem vencer-me.
Graças a mim, nesta cidade
ainda é possível
a felicidade.
Mas os combates nocturnos
deixam-me exausta e ferida.
E para compensar a minha
guerra contra o inimigo,
peço uns restos
de afecto e de amizade.
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