Gerou-se “pr’á i” uma algazarra de todo o tamanho ao saber-se que o senhor Primeiro-Ministro colocou ao serviço do seu gabinete 12 motoristas. Nem mais. Porém, como ninguém sabe os porquês da medida, o falatório tem sido grande. Pura especulação, digo eu. Será que os que lá estavam colocados se reformaram por atacado ou terá havido apenas a intenção de promover postos de trabalho, no âmbito das “novas oportunidades”, para uma dúzia de motoristas encartados? O que no meio de uma crise profunda só é de louvar, convenhamos.
Para já o que se conhece – até veio publicado no Diário da República (e ainda dizem que a liberdade de expressão anda um tanto ou quanto em crise) – é que uns quantos vieram da PSP, um dos Bombeiros Voluntários de Colares (na falta de Pedro Silva Pereira dá sempre jeito ter um bombeiro à mão para apagar certos fogos), outro do ramo hoteleiro, um da Segurança Social, um da Carris e um da conhecida empresa de consultadoria Deloitte & Touche (um elemento fundamental uma vez que enquanto se deslocam Sócrates sempre pode trocar umas impressões sobre os mercados com o seu motorista).
Portanto, até aqui ainda não vi qualquer problema. A não ser que achem que ter doze motoristas num só gabinete possa parecer que não estamos a falar do Primeiro-Ministro de Portugal mas sim do sultão de um qualquer Emirato.
Mas como continuamos a especular, deixem-me sugerir duas razões para o acontecido:
- a primeira tem a ver com o facto de José Sócrates não gostar de ser comparado com os demais (vejam como ele já quis demarcar-se do PSD e do seu líder) e para que não haja confusões com o outro José (o Mourinho), o “number one”, achou que devia ser conhecido como o “number twelve” (nº 12 em tradução simultânea).
-a outra razão é ainda mais simples. É que Sócrates adora fazer colecções. De tudo, desde bonecos da bola, a selos, a moedas e a … motoristas.
Isto é o que eu penso que poderá ter acontecido. A não ser que, e dadas as dificuldades orçamentais, ele pensasse que à dúzia era mais barato.
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