Juro que não foi o resultado das conversações entre o PS e o PSD para o Orçamento Geral do Estado para 2011 que me levou a intitular o texto de hoje da maneira como o fiz. Nunca me passaria sequer pela cabeça – longe de mim tal ideia – dar qualquer epíteto a membros da classe política.
Mas já que falámos nas tais negociações, penso que, apesar de terem começado demasiado tarde e de não terem conseguido chegar a um acordo, o OE vai ser viabilizado na mesma. Porém, não aceito, e os portugueses seguir-me-ão certamente, que os dois partidos tivessem tentado ganhar (?) algumas vantagens políticas num braço de ferro inútil que se traduziu em prejuízos enorme para o Portugal. Económicos, financeiros e de imagem. Uma verdadeira irresponsabilidade (agora que tanto se fala em responsabilidade) que nos fez gastar muitos milhões de euros, quando o país está à beira do abismo.
Voltando ao título da crónica. Os palhaços que eu hoje queria mesmo recordar eram os verdadeiros palhaços do circo. Os “ricos” de cara pintada de branco e os “pobres” de sapatos enormes e de vestes largas e cabelos esquisitos que, à custa de piadas já gastas e óbvias, faziam agitar a miudagem. Palhaçadas cujas actuações terminavam com música, também ela repetidíssima ao longo de gerações, onde não faltavam o saxofone, a guitarra e até um instrumento único que algumas parelhas de palhaços apresentavam - o serrote (de carpinteiro) tocado com um arco.
Os Actores Palhaços, os “parodistas/musicais” como os anunciavam, devem sentir-se envergonhados com os maneirismos ridículos (próprios da arte do palhaço) que, agora, vêem desempenhados por outros actores, os políticos. Só que os primeiros divertiam, os outros incomodam-nos.
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