“Se a euribor não pára de baixar porque é que os Bancos não acompanham essa descida e continuam a aumentar os spreads?”
A aparente contradição suscita a pergunta que anda na boca da maioria dos portugueses. Afinal, diria o senso comum que à queda das taxas de juro deveria corresponder igual descida dos spreads bancários. Como isso não acontece, o normal é que o povo diga à boca cheia que os bancos se estão a encher, que são uns ladrões e por aí adiante …
Não se julgue, porém, que esta “revolta” se verifica apenas em pessoas menos habituadas a estas matérias. A verdade é que a desconfiança se generalizou e, eu próprio, inúmeras vezes, tenho tentado justificar que uma coisa nada tem a ver com a outra.
A este propósito, no Expresso desta semana, Nicolau Santos dá a explicação ao líder do CDS Paulo Portas que, pelos vistos, também ainda não entendeu a questão. Com o devido respeito e a cordial saudação ao Nicolau, transcrevo uma pequena parte da sua crónica que é bastante esclarecedora:
“… A taxa de juros é o preço do dinheiro. Se há muito e é farto, acontece-lhe o mesmo que às batatas – o seu custo (a taxa de juro) diminui. Se, pelo contrário, há muita procura e pouca oferta, os juros sobem. No caso actual, há pouca oferta mas a procura ainda é menor: o custo do dinheiro desce.
Os spreads são o risco que os bancos atribuem a cada cliente. Um cliente com rendimentos precários, menores garantias e algum incumprimento no currículo é obrigado a pagar spreads maiores. Na actual situação, há um aumento geral dos spreads devido à crise mundial …”.
Mais claro do que isto é impossível.
A aparente contradição suscita a pergunta que anda na boca da maioria dos portugueses. Afinal, diria o senso comum que à queda das taxas de juro deveria corresponder igual descida dos spreads bancários. Como isso não acontece, o normal é que o povo diga à boca cheia que os bancos se estão a encher, que são uns ladrões e por aí adiante …
Não se julgue, porém, que esta “revolta” se verifica apenas em pessoas menos habituadas a estas matérias. A verdade é que a desconfiança se generalizou e, eu próprio, inúmeras vezes, tenho tentado justificar que uma coisa nada tem a ver com a outra.
A este propósito, no Expresso desta semana, Nicolau Santos dá a explicação ao líder do CDS Paulo Portas que, pelos vistos, também ainda não entendeu a questão. Com o devido respeito e a cordial saudação ao Nicolau, transcrevo uma pequena parte da sua crónica que é bastante esclarecedora:
“… A taxa de juros é o preço do dinheiro. Se há muito e é farto, acontece-lhe o mesmo que às batatas – o seu custo (a taxa de juro) diminui. Se, pelo contrário, há muita procura e pouca oferta, os juros sobem. No caso actual, há pouca oferta mas a procura ainda é menor: o custo do dinheiro desce.
Os spreads são o risco que os bancos atribuem a cada cliente. Um cliente com rendimentos precários, menores garantias e algum incumprimento no currículo é obrigado a pagar spreads maiores. Na actual situação, há um aumento geral dos spreads devido à crise mundial …”.
Mais claro do que isto é impossível.
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