Já aqui reflectimos diversas vezes sobre a tão falada crise de valores, acabando quase sempre – face aos múltiplos desvios comportamentais verificados - por nos interrogarmos onde é que, afinal, falhámos.
Será que nós, enquanto pais e educadores, não soubemos transmitir aos nossos filhos as tais regras de conduta fundamentais que regem a vivência em sociedade? Ou será que foi a própria sociedade, nomeadamente o Estado (que dá sempre jeito culpar porque não tem rosto) que não pôs á nossa disposição os meios necessários para que as novas gerações tenham hoje valores idênticos aos que nos foram legados?
Não sendo fácil obter uma resposta cabal nem, tão-pouco, conseguir afastar um sentimento de culpa que acaba por estar sempre presente, será talvez mais inteligente tentarmos analisar a questão de uma outra forma. E a nova resposta poderia ser a que foi dada num congresso sobre vida sustentável:
“Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos. Quando é que começaremos a pensar em deixar filhos melhores para o nosso planeta?”
Será que, de alguma forma, temos dado demasiada protecção aos nossos jovens? Será que a maneira de os educar foi a melhor? Não seria pedagogicamente mais adequado torná-los mais conscientes e responsáveis? Tenho pensado muitas vezes sobre o assunto mas interrogações permanecem.
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