Diz-se por aí – e os exemplos são tantos que é capaz de ser verdade – que melhor do que ser Ministro é ser Ex-Ministro.
Na política nacional, o caso mais recente tem como protagonista a Ex-Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que foi nomeada por José Sócrates para presidir à Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, uma instituição de prestígio que visa fomentar as relações entre Portugal e os Estados-Unidos, promovendo o desenvolvimento económico, social e cultural português.
Não quero comentar a nomeação. Pretendo apenas registar o facto e dizer que embora não veja em Maria de Lurdes Rodrigues um perfil especialmente talhado para o cargo, ela saberá naturalmente estar à frente da instituição e com muito menos problemas e preocupações como as que a atormentavam quando tutelava o Ministério da Educação.
Lá por fora o panorama não é diferente. Soube-se agora que o Ex-Primeiro-Ministro inglês Tony Blair vai ser o próximo assessor do grupo de luxo Louis Vuitton, controlado pelo empresário francês Bernard Arnault. Não se preocupem, portanto, com a eventual situação financeira difícil de Blair. Não é caso para tanto. Tony Blair é já assessor do Banco JPMorgan Chase, do qual recebe 2,2 milhões de euros anuais e também assessor do Zurich Financial onde factura 555 mil euros por ano, fora os elevados valores que recebe pelas palestras que dá. E ele deve ter muitas coisas para dizer.
Portanto, meus Caros, melhor do que ser Ministro é ser Ex-Ministro ou Ex-Primeiro-Ministro. Não têm dúvidas, pois não?
Se, entretanto, souberem de alguma assessoria para um ex-trabalhador, agradeço que me avisem.
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