Passei há dias por uma rua de Lisboa onde dois trabalhadores sem identificação estavam a abrir um buraco de todo o tamanho. Aliás, nem sequer se via qualquer placa indicativa de quem era o dono da obra e a que é que ela se destinava. Imediatamente me lembrei de uma história que me contaram e que foi publicada recentemente num jornal inglês. Dizia mais ou menos isto:
No exterior do England 's Bristol Zoo existe um parque de estacionamento para 150 carros e 8 autocarros. Durante 25 anos, a cobrança do estacionamento foi efectuada por um simpático cobrador.
Um dia, sem aviso prévio, e sem qualquer falta ao trabalho durante a vida, o cobrador não apareceu.
A administração do Jardim Zoológico escreveu para a Câmara Municipal a solicitar que enviassem um outro cobrador e a resposta veio célere: o estacionamento do Zoo não era, nem nunca tinha sido, da responsabilidade da Câmara que nunca tinha pago a qualquer funcionário para desempenhar aquela tarefa.
Ou seja, durante 25 anos um senhor, como se disse muito simpático, provavelmente munido de um boné de arrumador que lhe conferia uma autenticidade que de facto não tinha, cobrou tranquilamente taxas de estacionamento estimadas em cerca de 560 euros diários.
Só que o afável senhor terá resolvido que era a altura de se retirar e de gozar uma merecida reforma, algures num lugar paradisíaco, bem longe de preferência.
As autoridades ficaram com um problema sério para resolver. Não tanto o saber para onde homem se sumira mas antes como iriam arranjar rapidamente alguém para ocupar o lugar do antigo cobrador. E, já agora, uma pessoa que fosse igualmente simpática.
Tenho a certeza de que a partir desse momento começou a haver a preocupação de controlar o novo funcionário. É que depois de casa roubada …
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