No romance descrevem-se amores e desamores acontecidos na Europa Central durante os conturbados anos sessenta do século passado (“A insustentável Leveza do Ser”). No texto de hoje voltamos a tratar do também conturbado problema do endividamento nacional e da sua sustentabilidade (“O insustentável peso do endividamento).
Não é que eu traga agora qualquer dado novo sobre a matéria nem, tão-pouco, a forma de a resolver. Lembrei-me apenas de uma teoria que eu sempre ouvi, que é capaz de ter algum fundamento mas que, na situação presente, talvez não se aplique.
Dizia-se: “Dívida, dívida é aquilo que nós pedimos emprestado e não conseguimos pagar. Os empréstimos que contraímos mas que pagamos são apenas investimento. Como quando compramos uma casa que vamos pagar a 30 anos. O dinheiro que devemos ao Banco é apenas um investimento que vamos amortizando, nunca uma dívida.
No caso de Portugal, porém, somos capazes de ter uma dívida de todo o tamanho que não sei se teremos capacidade para pagar. Não façam caso, estou a brincar de novo. Claro que teremos, é só aumentar a receita, isto é, os impostos. Tão a ver?
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