Já depois de ter escrito o post anterior, li no “Expresso” um artigo escrito pelo jornalista João Garcia, que começava assim:
“Quando as coisas correm mal na Justiça, responsabiliza-se quem? O Ministro da Justiça não, que não tem qualquer ascendente sobre juízes e procuradores e as leis fundamentais são da Assembleia da República; os conselhos superiores das magistraturas também não, pois as suas áreas de intervenção são limitadas; o PGR muito menos, quanto mais não seja porque nunca se consegue perceber se a culpa é das leis, dos tribunais, dos procuradores ou das polícias …”
Estão a ver? Para além do ritmo (lento) da justiça, também não se conseguem assacar quaisquer responsabilidades aos seus principais agentes, quer pelas demoras, quer pelo mau trabalho executado ou pelos prejuízos pessoais e colectivos que provocaram. Enfim, nunca há culpados. Perante isto quem é que acredita de que “a culpa não pode morrer solteira”?
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