Quando ontem eu sugeria que Pedro Passos Coelho teria orientado a sua estratégia para uma vertente mais populista, quiçá a pensar já nas próximas eleições, não pretendi ser, de todo, radical nem embarcar na desconfiança generalizada com que se encaram os políticos. Não quero correr o risco de ser injusto para com quem, como parece ser o caso, apenas quis desfrutar umas férias simples em família, como qualquer outro cidadão. Passos Coelho foi para a praia de sempre – a Manta Rota – alojou-se numa casa modesta e chegou até lá não num carro topo de gama mas num utilitário Opel Corsa.
Mas um Primeiro-Ministro não é, como se entende, uma pessoa exactamente igual às outras. Os elementos da sua segurança fazem parte da sua bagagem, colam-se-lhe à sua sombra e vão para onde ele vai, uns marcando ostensivamente o território, enquanto que outros, mais discretos, seguem-lhe os movimentos. Nada a dizer quanto a isto.
Mas um Primeiro-Ministro não é, como se entende, uma pessoa exactamente igual às outras. Os elementos da sua segurança fazem parte da sua bagagem, colam-se-lhe à sua sombra e vão para onde ele vai, uns marcando ostensivamente o território, enquanto que outros, mais discretos, seguem-lhe os movimentos. Nada a dizer quanto a isto.
O que me parece um tanto ou quanto desajustado é o facto de enquanto Passos utilizou um Opel Corsa, os seguranças da PSP transportaram-se num BMW série 3, outros agentes à paisana numa Mercedes Vito e os da GNR num jipe Nissan novinho em folha, com ar condicionado e outras comodidades.
É que parece claramente que não joga a bota com a perdigota, não acham?
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