Embora estejamos habituados a que a maioria das promessas dos políticos não sejam cumpridas, parece que, finalmente, ainda que de forma débil, se começou a cortar as famigeradas “gorduras do Estado”. Mas há muito caminho pela frente e quase se não ouve falar nos “Observatórios”. Por acaso têm ideia do número de Observatórios que existem no nosso país? Vejam só…
Observatório dos medicamentos e dos produtos da saúde; Observatório nacional de saúde; Observatório português dos sistemas de saúde; Observatório da doença e morbilidade; Observatório vida - só aqui vão cinco sobre a vida, a saúde e a doença;
Observatório do ordenamento do território; Observatório do comércio; Observatório da imigração; Observatório para os assuntos da família; Observatório permanente da juventude;
Observatório nacional da droga e toxicodependência; Observatório europeu da droga e toxicodependência; Observatório geopolítico das drogas - mais três para tratar da droga;
Observatório do ambiente; Observatório das ciências e tecnologias; Observatório do turismo; Observatório para a igualdade de oportunidades; Observatório da imprensa;
Observatório das ciências e do ensino superior; Observatório dos estudantes do ensino superior (dois para o ensino superior);
Observatório da comunicação; Observatório das actividades culturais; Observatório local da Guarda; Observatório de inserção profissional; Observatório do emprego e formação profissional; Observatório nacional dos recursos humanos;
Observatório regional de Leiria; Observatório sub-regional da Batalha (dois para a mesma região);
Observatório permanente do ensino secundário; Observatório permanente da justiça; Observatório estatístico de Oeiras; Observatório da criação de empresas;
Observatório do emprego em Portugal; Observatório português para o desemprego (um para o emprego e outro para o desemprego, faz sentido …);
Observatório Mcom; Observatório têxtil; Observatório da neologia do português; Observatório de segurança; Observatório do desenvolvimento do Alentejo;
Observatório de cheias; Observatório das secas (cheias e secas, estes também se justificam!);
Observatório da sociedade de informação; Observatório da inovação e conhecimento; Observatório da qualidade dos serviços de informação e conhecimento; Observatório das regiões em reestruturação; Observatório das artes e tradições; Observatório de festas e património; Observatório dos apoios educativos; Observatório da globalização; Observatório do endividamento dos consumidores; Observatório do sul Europeu; Observatório europeu das relações profissionais; Observatório transfronteiriço Espanha-Portugal; Observatório europeu do racismo e xenofobia; Observatório para as crenças religiosas; Observatório dos territórios rurais;
Observatório dos mercados agrícolas; Observatório dos mercados rurais (não estarão a exagerar?);
Observatório virtual da astrofísica; Observatório nacional dos sistemas multimunicipais e municipais; Observatório da segurança rodoviária; Observatório das prisões portuguesas; Observatório nacional dos diabetes; Observatório de políticas de educação e de contextos educativos; Observatório ibérico do acompanhamento do problema da degradação dos povoamentos de sobreiro e azinheira; Observatório estatístico; Observatório dos tarifários e das telecomunicações; Observatório da natureza; Observatório qualidade; Observatório quantidade;
Observatório da literatura e da literacia; Observatório nacional para o analfabetismo e iliteracia (e estes ?);
E por aí fora, por aí fora …
Observatório da inteligência económica; Observatório para a integração de pessoas com deficiência; Observatório da competitividade e qualidade de vida; Observatório nacional das profissões de desporto; Observatório das ciências do 1º ciclo; Observatório das ciências do 2º ciclo; Observatório nacional da dança; Observatório da língua portuguesa; Observatório de entradas na vida activa; Observatório europeu do sul; Observatório de biologia e sociedade; Observatório sobre o racismo e intolerância; Observatório permanente das organizações escolares; Observatório médico; Observatório solar e heliosférico; Observatório do sistema de aviação civil; Observatório da cidadania; Observatório da segurança nas profissões; Observatório da comunicação local; Observatório jornalismo electrónico e multimédia; Observatório urbano do eixo atlântico; Observatório robótico; Observatório permanente da segurança do Porto; Observatório do fogo; Observatório da comunicação (Obercom); Observatório da qualidade do ar; Observatório do centro de pensamento de política internacional; Observatório ambiental de teledetecção atmosférica e comunicações aeroespaciais; Observatório europeu das PME; Observatório da restauração; Observatório de Timor Leste; Observatório de reumatologia; Observatório da censura; Observatório do design; Observatório da economia mundial; Observatório do mercado de arroz; Observatório da DGV; Observatório de neologismos do português europeu; Observatório para a educação sexual; Observatório para a reabilitação urbana; Observatório para a gestão de áreas protegidas; Observatório europeu da sismologia; Observatório nacional das doenças reumáticas; Observatório da caça; Observatório da habitação; Observatório Alzheimer; Observatório magnético de Coimbra
Ainda aí estão? Perante a imensidade de Observatórios apraz-me perguntar: mas o que é que toda esta gente tanto observa? E não faltará ainda o Observatório dos Observatórios?
Gaspar, Gaspar, ainda há muito onde ir “cortar” …
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