É lá, pensarão os meus amigos, não viemos aqui para ser ofendidos.
Aquietem-se que não há razões para tanta agitação, garanto-vos eu. O título desta crónica mais não é que a palavra quiçá mais ouvida na semana passada e que foi proferida pela Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro.
O PGR comentava a Lei de Política Criminal para o biénio 2007-2009, aprovada pelo Parlamento e, num tom crítico e irónico, sublinhou alguns aspectos que deveriam ser repensados no seu texto.
Por exemplo, no que concerne ao artigo que diz “Tutelar os direitos dos trabalhadores que, na relação laboral, sejam vítimas de violência doméstica", Pinto Monteiro afirmou "Não percebo o que é tutelar uma relação laboral de violência doméstica".
Por exemplo, quando apontou o uso e abuso das siglas que geram confusão.
Por exemplo, quanto à utilização de neologismos como "empoderamento", uma importação do inglês "empowerment".
Sem contradizer, no entanto, a figura respeitável do actual Procurador-Geral da República – aliás concordando em absoluto que esta palavra é um evidente neologismo – devo esclarecer que a palavra empoderamento já foi registada como substantivo no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.
Só que estas palavras novas e “esquisitas” levantam algumas dúvidas, justamente por serem novas e pouco usadas. Se bem que com os tempos habituar-nos-emos a elas.
Tal como acontece, e perdoem-me este devaneio linguístico, no caso de palavras como bordel e prostíbulo (que ainda ferem as nossas sensibilidades) e que bem poderemos substituir pelo vocábulo “lupanar”, que significa rigorosamente o mesmo.
Aquietem-se que não há razões para tanta agitação, garanto-vos eu. O título desta crónica mais não é que a palavra quiçá mais ouvida na semana passada e que foi proferida pela Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro.
O PGR comentava a Lei de Política Criminal para o biénio 2007-2009, aprovada pelo Parlamento e, num tom crítico e irónico, sublinhou alguns aspectos que deveriam ser repensados no seu texto.
Por exemplo, no que concerne ao artigo que diz “Tutelar os direitos dos trabalhadores que, na relação laboral, sejam vítimas de violência doméstica", Pinto Monteiro afirmou "Não percebo o que é tutelar uma relação laboral de violência doméstica".
Por exemplo, quando apontou o uso e abuso das siglas que geram confusão.
Por exemplo, quanto à utilização de neologismos como "empoderamento", uma importação do inglês "empowerment".
Sem contradizer, no entanto, a figura respeitável do actual Procurador-Geral da República – aliás concordando em absoluto que esta palavra é um evidente neologismo – devo esclarecer que a palavra empoderamento já foi registada como substantivo no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa.
Só que estas palavras novas e “esquisitas” levantam algumas dúvidas, justamente por serem novas e pouco usadas. Se bem que com os tempos habituar-nos-emos a elas.
Tal como acontece, e perdoem-me este devaneio linguístico, no caso de palavras como bordel e prostíbulo (que ainda ferem as nossas sensibilidades) e que bem poderemos substituir pelo vocábulo “lupanar”, que significa rigorosamente o mesmo.
1 comentário:
Estás perdoado pelo devaneio linguístico. E já agora, permite-me – a mim que não sou nada purista nestas questões da língua –que sugira a ti e aos teus leitores que usem as interjeições arre e/ou irra em vez de p..ra. É mais bonito, continua a ser português e não fere as tais sensibilidades.
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