Numa crónica publicada no Expresso há duas semanas o jornalista Fernando Madrinha recordou que o actual governo quando tomou posse anunciou, ufano, que este era o Governo mais pequeno de que há memória com, apenas, 11 ministros. Porém, o orgulho de há dois anos tem vindo a definhar. Agora, já são 12 Ministros que com o conjunto de Secretários de Estado perfaz o número de 51 governantes, apenas menos quatro do que o último Governo de Sócrates. Mas mais importante do que comparar o número de pessoas existentes neste e no anterior executivo, o que me parece relevante é saber que só a trabalhar directamente para os Ministros e Secretários de Estado existem 810 colaboradores. Muita gente, não é?
Mas o que ainda me chamou mais a atenção na crónica de Fernando Madrinha foi ele ter recordado uma reportagem da SIC - que muitos terão visto - em que uma Ministra dinamarquesa mostrava os seus colaboradores directos: apenas meia dúzia de pessoas e só uma, o assessor político, foi nomeada por si. As restantes eram residentes que fazem o seu trabalho independentemente do Governo que esteja no poder.
Mesmo tendo em conta que a população da Dinamarca é aproximadamente metade da portuguesa, mesmo assim, o número de pessoas afectas aos dois Governos é completamente desproporcionado. Basta comparar as seis que trabalham no Gabinete da Ministra dinamarquesa com, por exemplo (para só citar um caso), o número de trabalhadores que colaboram com o recém-nomeado Ministro-Adjunto e do Desenvolvimento Regional que levou para o Gabinete 13 pessoas e os seus 4 Secretários de Estado mais 30.
Não me atrevo a pôr em causa a necessidade de ter que haver tanta gente. Limito-me, tão-só, a constatar os números ...
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