Depois das greves dos pescadores vieram as dos camionistas e as das empresas de reboques e, seguir-se-ão em breve, as dos agricultores, dos taxistas, dos bombeiros e as das restantes corporações que por aí existam. Todas elas com reivindicações justíssimas, certamente, e a terem que ser tomadas em devida conta pelos responsáveis governamentais.
E terão que o fazer muito a sério, digo eu, porque, como vimos na recente greve dos camionistas (não seria, antes, um lockout em que os empregadores usaram abusivamente os seus empregados?), o país mostrou-se demasiado vulnerável às investidas deste tipo de paralisações e pode muito bem suceder que um dia destes pare completamente. Aliás, isso esteve quase a acontecer e só foram necessários três dias de greve.
Mas, de degrau em degrau, chegará a vez de um outro grupo se manifestar – o dos reformados e pensionistas. E o que poderá vir a acontecer se ele começar a tomar posições mais duras? Nada, rigorosamente nada. Enquanto que os camionistas ameaçaram provocar o caos com uma argumentação convincente – a da força – os reformados e pensionistas por constituírem apenas uma fonte de custos, não têm qualquer poder negocial nem argumentos capazes de assustar os governantes.
A única esperança que lhes assiste é a manutenção da denominada consciência social que, de tempos a tempos, ainda faz espevitar o governo que, então, se digna olhar para quem já não está na vida activa nem tem voz nem força para fazer valer os seus direitos.
E é importante que se olhe com atenção para este grupo que está a crescer exponencialmente. Começa a ser difícil prever quais serão as consequências que poderão advir para o comércio, indústria e economia em geral se toda esta gente deixar de comprar. Não por quererem desafiar o governo mas por que, com tão reduzidas reformas/pensões, já não têm sequer condições para continuarem a viver.
E terão que o fazer muito a sério, digo eu, porque, como vimos na recente greve dos camionistas (não seria, antes, um lockout em que os empregadores usaram abusivamente os seus empregados?), o país mostrou-se demasiado vulnerável às investidas deste tipo de paralisações e pode muito bem suceder que um dia destes pare completamente. Aliás, isso esteve quase a acontecer e só foram necessários três dias de greve.
Mas, de degrau em degrau, chegará a vez de um outro grupo se manifestar – o dos reformados e pensionistas. E o que poderá vir a acontecer se ele começar a tomar posições mais duras? Nada, rigorosamente nada. Enquanto que os camionistas ameaçaram provocar o caos com uma argumentação convincente – a da força – os reformados e pensionistas por constituírem apenas uma fonte de custos, não têm qualquer poder negocial nem argumentos capazes de assustar os governantes.
A única esperança que lhes assiste é a manutenção da denominada consciência social que, de tempos a tempos, ainda faz espevitar o governo que, então, se digna olhar para quem já não está na vida activa nem tem voz nem força para fazer valer os seus direitos.
E é importante que se olhe com atenção para este grupo que está a crescer exponencialmente. Começa a ser difícil prever quais serão as consequências que poderão advir para o comércio, indústria e economia em geral se toda esta gente deixar de comprar. Não por quererem desafiar o governo mas por que, com tão reduzidas reformas/pensões, já não têm sequer condições para continuarem a viver.
2 comentários:
Como diria o outro, deixou de pegar nas ideias do MST para pegar nas ideias do Paulo Portas.
Primeiro foi as do MST e agora as do PP. Ser� que a seguir vais ter as ideias do Vasco Pulido Valente e depois do Pacheco Pereira e depois do M�rio Bettencourt Resendes e depois do Ant�nio Barreto e depois do Jos� Miguel J�dice e depois do Daniel de Oliveira e depois do Francisco Lou� e depois do �ngelo Correia e depois da Odete Santos ...
P...a! Quando � te demarcas dos outros que costumam ter ideias e come�as a n�o pensar?
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