Tenho que admitir que, depois de uma semana de ausência, a ideia de restabelecer o nosso contacto com dois textos seguidos mais ou menos toldados de nuvens agoirentas, não foi muito feliz.
Mas, como vos dizia ontem, a verdade é que não sou um pessimista nato e apenas tento interpretar os sinais que vão sendo tornados públicos.
Mas, como vos dizia ontem, a verdade é que não sou um pessimista nato e apenas tento interpretar os sinais que vão sendo tornados públicos.
As dificuldades do dia-a-dia são cada vez maiores e afectam, sobretudo, a ainda existente (mas moribunda) classe média e, naturalmente, os mais pobres, para quem as dúvidas são cada vez mais profundas e as pessoas já quase perderam a esperança de ver a luz ao fundo do túnel.
Dificuldades que, certamente, se avolumarão a breve prazo e que nos obrigarão, para que possamos sobreviver, a que tenhamos que mudar muitos dos nossos hábitos.
Depois das crises do pós-guerra e a de 1993, habituámo-nos a viver com coisas que agora achamos tão naturais como o respirar e estamos na eminência de ter que virar a página e aceitar que não temos outra alternativa senão mudar radicalmente as nossas rotinas e muitos dos nossos prazeres.
Ainda há dias o guru californiano que inventou o “teletrabalho” afirmou que o bem-bom tinha os dias contados e deu como exemplos a necessidade de começarmos a pensar em novos carros menos gastadores e mais ecológicos (o automóvel vai deixar de ser um símbolo de “status social”), o de termos que reduzir ou prescindir das viagens de avião, que se tornarão um luxo, e de termos obrigatoriamente de estar mais atentos aos nossos comportamentos diários, nomeadamente com a utilização racional e parcimoniosa da água, se não quisermos que, num futuro próximo, os nossos “vícios” se virem contra nós e dêm cabo da nossa existência.
É, também, por coisas como estas que vou ficando preocupado. Cada vez mais preocupado.
Dificuldades que, certamente, se avolumarão a breve prazo e que nos obrigarão, para que possamos sobreviver, a que tenhamos que mudar muitos dos nossos hábitos.
Depois das crises do pós-guerra e a de 1993, habituámo-nos a viver com coisas que agora achamos tão naturais como o respirar e estamos na eminência de ter que virar a página e aceitar que não temos outra alternativa senão mudar radicalmente as nossas rotinas e muitos dos nossos prazeres.
Ainda há dias o guru californiano que inventou o “teletrabalho” afirmou que o bem-bom tinha os dias contados e deu como exemplos a necessidade de começarmos a pensar em novos carros menos gastadores e mais ecológicos (o automóvel vai deixar de ser um símbolo de “status social”), o de termos que reduzir ou prescindir das viagens de avião, que se tornarão um luxo, e de termos obrigatoriamente de estar mais atentos aos nossos comportamentos diários, nomeadamente com a utilização racional e parcimoniosa da água, se não quisermos que, num futuro próximo, os nossos “vícios” se virem contra nós e dêm cabo da nossa existência.
É, também, por coisas como estas que vou ficando preocupado. Cada vez mais preocupado.
6 comentários:
São problemas atrás de problemas. Agora que comprei um carro a sério, que anda que se farta e que me faz parecer o dono do mundo (logo a seguir ao Cristiano Ronaldo), é que vêm dizer-me que devemos ter carros menos gastadores e mais ecológicos? Logo agora?
Preocupante mesmo é o facto de - ao contrário da maior parte da história do Homem - provavelmente os nossos filhos irem ter uma qualidade de vida inferior à nossa. E a culpa não é dos Pais, certamente...
Sem perceber muito disto - até sou de Letras - diria que a culpa será do primado do "Deus Mercado" que os neoliberalismos trouxeram, esquecendo-se que a actividade económica deve gerar riqueza equitativamente distribuída.
Sem querer recorrer ao chavão marxista, se as possibilidades de uns e as necessidades de outros não se equilibrarem correctamente, para que serve isso da economia?
Na verdade o “anónimo” tocou na ferida. Como é que se pretende ter um Estado democrático e justo quando as possibilidades de uns e as necessidades de outros não se ajustam e se equilibram? Por isso, e já que não está na minha mão fazer muito mais, tenho aqui escrito e criticado muitas das situações escandalosas que vão acontecendo e que enfraquecem o regime democrático.
Quero, também, dar uma palavrinha ao “Provocador”
Quanto aos teus problemas – com o teu novo carro e todos os outros - o que te posso sugerir é que reflitas no provérbio chinês que diz:
“Se o problema tem solução, não te preocupes, porque tem solução.
Se o problema não tem solução, não te preocupes, porque não tem solução.”
Um abraço para ambos.
Ânimo, nem tudo está perdido.
Afinal vem aí o Euro 2008 e tudo está bem. Portugal respira confiança e os portugueses estão felizes.
De tanto reflectir no tal provérbio chinês, fiquei com os olhos em bico. É que tendo ou não solução para os meus problemas o que ele me diz é que não me preocupe.
Não me preocupe? Como, se para comprar o carro da minha vida, lindo e rápido que até voa, fiquei a dever uma pipa de massa ao Banco?
Ainda se me tivessem dito antes que a partir de agora os nossos carros deveriam ser menos gastadores e mais ecológicos, provavelmente tinha apontado as baterias para um outro mais em conta. Agora é tarde.
Ah, tenho um pó aos chineses ... aos provérbios, claro!
O provérbio chinês é de uma enorme sabedoria. O que já foi uma manifestação de pouca sabedoria foi eu ter escrito no comentário anterior “reflitas” em vez de “reflictas”. As minhas desculpas.
Enviar um comentário