Millôr Fernandes deixou-nos, na semana passada, aos 88 anos. Este homem considerado uma das principais figuras da imprensa brasileira do século XX, foi jornalista, escritor, dramaturgo, tradutor e cartoonista. Mas era, antes de mais, um humorista que marcou a Cultura do seu país no último século. Mas também a de Portugal, onde teve uma participação activa e regular no extinto Diário Popular.
Foi precisamente no DP que descobri Millôr e onde, através dos escritos bem-humorados, comecei a admirar a sua inteligência desobediente, imprevisível e desconcertante. Dele retirei um pensamento que me tem acompanhado durante a vida “Livre pensar é só pensar”.
Nome maior da língua portuguesa, Millôr Fernandes partiu mas ficarão para sempre connosco as múltiplas citações e máximas a que nos habituou, como por exemplo:
- Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.
- Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.
- Não devemos resistir às tentações: elas podem não voltar.
- Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.
- O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.
- Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.
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