Há situações que parecem incontornáveis (e que se arrastam no
tempo) mas cujas soluções são aparentemente óbvias. O que nos faz questionar se
não seremos os únicos a pensar que a tal solução tão fácil está mesmo ali à mão
de semear. E mais, se são tão fáceis de resolver por que é que não se resolvem?
Vem isto a propósito das SCUTS e dos automobilistas que entram no
nosso país e que não possuem os identificadores electrónicos para fazer o
pagamento automático. Ainda agora, na Páscoa, época em que os nossos vizinhos
espanhóis costumam “invadir” as nossas cidades, ninguém se lembrou de criar as
condições para que pudessem pagar as portagens de forma natural e simples. E
vimos turistas que, nas fronteiras, tiveram que sair dos carros e estar numa fila
para utilizar a única máquina existente para poder efectuar o pagamento.
E isto passou-se na Páscoa mas acontece todo o ano, apesar das
queixas insistentes do comércio que vê diminuir sistematicamente o número de
clientes que vêm sobretudo de Espanha e a quem não é proporcionado um modo fácil
de pagar as portagens.
Não consigo perceber como com tantos técnicos, assessores e
conselheiros no Governo e nos Ministérios, ainda ninguém conseguiu pensar em
facilitar a vida a quem vem até nós usufruir de uns dias de férias (ou em
negócios) e deixar por cá uns bons milhares de euros que tanto jeito dão à
nossa economia. Como é que, apesar dos avisos insistentes das confederações do
comércio e do turismo e das próprias autarquias, ninguém pensou numa solução?
Nós, portugueses, que até inventámos a “via verde”, ficamos com
uma estranha sensação que andam por aí muitos neurónios que não funcionam.
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