Se bem que na maior parte dos casos as razões sejam difíceis de entender,
a verdade é que as rivalidades entre cidades continuam a existir e em vários
países. Umas vezes por causa do futebol, outras por coisas antigas, tão antigas
que já poucos recordam os motivos, outras ainda porque há interesses e poderes
que se pretendem manter ou mesmo potenciar. No fundo, todas querem ser a “cidade
especial”.
No caso de Braga e de Guimarães, julgava eu
que o problema tinha a ver com o futebol. A equipa do Braga disputa este ano o
título de campeão da 1ª liga e os vimaranenses, mais arredados dos primeiros
lugares, sentem, como dizer, alguma dor de cotovelo quanto se fala em futebóis.
Afinal, foi em Guimarães que “nasceu Portugal” mas isso nada tem a ver com a
classificação do campeonato. E, a verdade histórica é que esta rivalidade que
por vezes roça a violência verbal, quando não física, tem quase mil anos sem
que se perceba ao certo os porquês. Uma coisa, porém, estas duas cidades têm em
comum: o seu feriado municipal, que se comemora no dia 24 de Julho.
Este ano têm uma outra coisa em comum. Ambas
são Capitais Europeias. Guimarães, da cultura e Braga, da juventude. Duas
cidades que distam entre si pouco mais de 20 quilómetros, as duas tão cheias de
atractivos e potencialidades e que, por coincidência (?), são, em 2012, Capitais
Europeias. Um luxo!
Será que alguém pensa que o facto se deve a rivalidades
regionais? Quero crer que não.
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