Tenho-me
por bem informado. Leio muitos jornais e revistas, não perco programas de
debate e de comentário mas, mesmo assim, sou muitas vezes surpreendido por ir
encontrar respostas onde menos espero.
Foi o que
aconteceu recentemente quando descobri a verdadeira razão do despedimento de um
primo meu. É que a justificação que a fábrica onde ele trabalhava tinha falido por
causa da crise não me convencia, tão-pouco a que apontava para uma gestão
altamente danosa. O certo é que a fábrica faliu mesmo e o meu primo foi para a
rua.
A resposta,
porém, achei-a numa conferência a que assisti, da boca de um jovem engenheiro.
E era esta:
“quando o Lehman Brothers faliu,
ele era o dono de um banco no norte da Alemanha, que tinha uma sociedade
financeira na Baviera, que, por sua vez comprara uma corretora em Turim, que
tinha uma sociedade francesa que adquiriu a maioria do capital de uma sociedade
madrilena, que comprou uma fábrica de têxteis em Vila do Conde.
O Lehman Brothers faliu e, com
ele, faliu tudo o resto e o meu primo foi despedido a semana passada. O que,
diga-se de passagem, é injusto porque ele fazia casacos muito bem”.
Pois
é, agora que já sei a verdade, queria encontrar uma solução para ajudar o meu
primo. E a única que eu vejo é … comprar o Lehman Brothers …
A
partir desta história façam as extrapolações que quiserem para os problemas da
crise real …
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